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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PATRÍCIO FRANCO

A 10 de abril deste 1989, a Academia Piauiense de Letras perdeu o titular de sua cadeira 31, José Patrício Franco, nascido no povoado Porto Alegre do município de Jerumenha (PI) a 14 de setembro de 1906. Pobre, trabalhou nas cidades de Uruçuí e Floriano como caixeiro e professor municipal. Seria depois guarda-livros no longo período de 14 anos. Em Teresina, fixou-se em 1942. Escriturário, contador, gerente e diretor do Banco do Estado do Piauí, no qual se aposentou ma qualidade de funcionário no ano de 1969, mas permaneceu como membro do Conselho de Administração. Exerceu marcantes  atividades políticas, sociais e culturais. Vereador de Teresina por duas legislaturas. Pertenceu à Associação Brasileira de Municípios, participou de muitos congressos municipais no Brasil e um no exterior, nos Estados Unidos. Criou jornais e colaborou constantemente na imprensa. Um dos fundadores da Associação Profissional dos Jornalistas do Piauí. A 30 de janeiro de 1979 ingressou na Academia Piauiense de Letras. Publicou vários estudos de história, destacando-se "História do Banco do Piauí", "O Município do Piauí", “Capítulos de História do Piauí". Escreveu também poesia. Pertenceu a várias e ilustres instituições culturais.

José Patrício Franco deixou exemplos de muitas virtudes. Teve infância humilde e pobre. Desde cedo conheceu a luta para a sobrevivência. Exerceu modestos empregos. Venceu pelo trabalho e pela honradez. Leal e correto nas amizades que conquistou. Autodidata de rara dedicação ao estudo e à pesquisa, conquistou respeito e admiração. Dedicava profunda afeição à família, por cuja tranqüilidade e bem-estar padeceu sacrifícios e enfrentou graves problemas, armado de um caráter puro e grande tenacidade. Sereno e sincero, soube de conquista em conquista perseverante nos esforços, alcançar posição de relevo em todos os círculos sociais de Teresina. Esteve sempre solidário em todas as circunstâncias, com a sua Academia Piauiense de Letras, que ele honrou mercê de exemplar vida pública e privada. Os seus colegas acadêmicos o tinham na conta de um companheiro da mais alta compostura na convivência saudável de todos os dias.


A. Tito Filho, 19/05/1989, Jornal O Dia

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