O governador Anísio de Abreu, criou em 08 de julho de 1909 o Arquivo Público do Piauí. Anos depois surgiu o museu do Piauí, instalado em sede de muito bom gosto e moderna, construída no governo Leônidas Melo pelo engenheiro Cícero Martins, e inaugurada a 13 de maio de 1936. Coube ao mestre e historiador Anísio de Brito Melo dirigir essa instituição cultural, em que ele organizou também o arquivo e a biblioteca - e teve a denominação de Biblioteca, Museu e Arquivo Público do Piauí. Coma morte do ilustrado homem público, homenageou-se a sua memória, e o conjunto mereceu o nome de Casa Anísio Brito. Com o passar do tempo, instalou-se o Museu na antiga sede do Tribunal de Justiça. A Biblioteca passou a funcionar onde foi a Faculdade de Direito, permanecendo no mesmo lugar o Arquivo. Outras entidades culturais surgiram, com o correr dos anos - justamente aquelas que ora guardam imagens, lembranças, objetos da memória das comunidades e de homens ilustres, como se fossem aspectos da história viva, como bem mostram, com inteligência e segurança, as museólogas Lícia Margareth e Marília Colnago Coelho, competentes e dedicados ao estudo - num trabalho valioso que a Academia Piauiense de Letras entregará ao público como homenagem ao talento de quem o concebeu e realizou. A obra agasalha o histórico de várias Casas de Cultura e Museus, de Teresina e de cidades interioranas - Campo Maior, Piripiri, Amarante, Oeiras e outras, oferecendo-se roteiro interessante aos que as queiram visitar...
As duas autoras, vindas do Rio de Janeiro, não puderam permanecer a serviço do Piauí. Uma já retornou às origens, a outra dentro de pouco tempo residirá de novo na antiga capital do Brasil. Razão? O desincentivo ao magnífico trabalho que procuram realizar em benefício da cultura piauiense. Uma pena.
A. Tito Filho, 14/04/1989, Jornal O Dia
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