Para o brilhantismo das festas agora organizadas e comemorativas dos cem anos de uma idéia, de um sonho, trabalharam os secretários Noronha Filho e o diretor do Theatro 4 de Setembro, o jovem Airton. Houve homenagens. Segundo li, 21 ao todo mereceram a honraria, com integral justiça, vivos e mortos. Verificaram-se cochilos evidentes, entretanto, noutras figuras admiráveis na história do Theatro, a exemplo de Manuel Raimundo da Paz, mestre-de-obras que o construiu, Jônatas Batista e Pedro silva, que muitas alegrias deram às noites de Teresina. Que dizer de Moura Rego e do seu mágico violino? Por uns vinte anos consecutivos esse piauiense, artista verdadeiro, emocionou platéias com execuções musicais. Por que se recusou o troféu Expedito Medeiros ao talentoso Santana e Silva? Faz-se citação de poucos.
A mim os promotores da festa me exoneraram da Secretaria de Cultura ao tempo de reinauguração, ano de 1975. E aos titulares da Secretaria Wilson Brandão (o primeiro) e M. Paulo Nunes, prestigiadores do Theatro querido? E Irene Barros? Diga-se que a festa não teve organização, a partir das duas horas de atraso na sessão solene do dia 4. Não se planejaram as festividades. Uma pena.
Concedi entrevista a um repórter do jornal O DIA. Publicaram cousas que eu nunca disse. Saiu no referido órgão da imprensa, para citar uma entre várias deturpações na entrevista, que eu chamei os dirigentes do Theatro de CURRIOLA. Não é verdade. Referi-me a GRUPOS, justamente os grupos que ora administram a Casa. No momento, a palavra CURRIOLA foi lembrada pelo jornalista José Fortes Filho, mas recusei o seu emprego, mas saiu CURRIOLA como se eu tivesse usado.
Não concederei mais entrevistas. Continuo à disposição dos colegas apenas para prestar informações.
Mário Soares, aqui desta mesma página, acha que nem todos os jornalistas me fazem injustiça. Veja o caro colega o meu escrito, quando eu falo nas exceções enobrecedoras, entre as mais Mário e outros.
A. Tito Filho, 16/09/1989, Jornal O Dia
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