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terça-feira, 16 de agosto de 2011

MAIS ESCRITORES

Nasceu e faleceu em Teresina (1907-1966). Pais: Fernando Oliveira Marques e Amélia Coelho Marques. Formado pela Faculdade Nacional de Medicina, como dos primeiros alunos. Durante 36 anos exerceu atividades profissionais na capital piauiense. Foi prefeito na cidade de Balsas (MA). Professor de francês no Colégio Estadual do Piauí, escrevendo tese na língua original. Em Teresina, dirigiu o Hospital Psiquiátrico e foi médico da Penitenciária do Estado, onde "muitas vezes ia além de sua função clínica e procurava curar os desajustados, sondando-lhes as tortuosas trilhas das mentes afetadas, para dar-lhe amparo, calor humano, bondade e sobretudo para compreender-lhes as profundas falhas humanas" (Salamão Chaib).

Ao colar grau em medicina defendeu a tese "Espiritismo e Ideais Delirantes", aprovada com distinção. Publicou mais: "Infecção Puerperal", "A Piromania", "Afrânio Peixoto", "La Vie et l'Ouvre de Roamin Rolland", "Romain Rolland, um Precursor do Rotary”, "Música, Arte Excelsa".

Psiquiatra de renome. Crítico literário dos mais eruditos. Estilo simples, encantador. Cultura vastíssima. "Era apaixonado de Romain Rolland - salientou Salomão Chaib - cuja vida escreveu e cuja obra analisou e divulgou. Conhecia os mais íntimos pensamentos do grande escritor francês, e identificou-se com as suas idéias, com as suas concepções filosóficas e com o seu gênio de artista".

Chamou-se João Coelho Marques.

Nasceu em Piripiri (PI), 1920. Faleceu em Teresina, 1940. Pais: Felismino de Freitas Weser e Celina Carvalho Melo de Freitas. Estudos secundários no Liceu Piauiense. Aluno do pré-jurídico em Fortaleza, deixou os estudos em 1937, em virtude do mal que o roubou ao convívio da família e dos conterrâneos.

Militou no jornalismo, escrevendo crônicas, estudos biográficos e poesias.

Foi sobretudo poeta de novos ritmos, um dos pioneiros da poesia moderna no Piauí. Os seus versos estão reunidos no livro "Deslumbrado", obra póstuma.

"Poeta manso como Tagore, - disse dele J. Miguel de Matos - Newton, de lira em punho, deixou versos cinzelados com mansuetude nazarena, escrevendo com a segurança dos grandes mestres".

Celso Pinheiro o viu por esta forma: "... era, realmente, uma figurinha intelectualizada de esteta, escrevendo com estilo próprio e invulgar...".

Celso Barros Coelho estudou-o num discurso perfeito, com ternura. Fala do seu equilíbrio ao escrever, do seu extraordinário poder de síntese, dos seus dotes excepcionais. Escreve que era, poetando, um descontente, nunca um revolto, apesar das dores físicas que padeceu, ao morrer tão moço. Soube compreender o sofrimento.

Chamou-se José Newton de Freitas.


A. Tito Filho, 12/10/1989, Jornal O Dia

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