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sábado, 24 de setembro de 2011

NOVA CONSTITUINTE

A 19 de janeiro de 1947, o povo piauiense comparecia nas urnas, para eleger o seu governador (José da Rocha Furtado), e 32 deputados estaduais, que integraram a Assembléia Constituinte. Desde 1945 se vinham organizando partidos políticos de âmbito nacional, com as respectivas secções nos Estados.

No Piauí foram eleitos 17 deputados do PSD, 14 da UDN e 01 do PTB.

Dos Deputados da UDN licenciou-se para exercer o cargo de Secretário-Geral do Estado, Agenor Barbosa de Almeida, substituindo na Constituinte pelo 1º Suplente Tasso Fortes do Rego. Com a anulação de urnas em alguns municípios interioranos, houve eleições suplementares, nas quais o Deputado Milton da Costa Cardoso não conseguiu sustentar o mandato, perdendo-o. Em conseqüência, Tasso Fortes do Rego conquistou definitivamente presença na Assembléia. Para o lugar do representante licenciado convocou-se o novo 1º - Suplente - Antônio Hermenegildo de Assunção.

A instalação da Assembléia Constituinte se deu a 28-4-1947, sob a Presidência do desembargador Odorico Jayme de Albuquerque Rosa, presidente do Tribunal Regional eleitoral, e a esta sessão inaugural apenas não compareceu o Deputado José Burlamaqui Auto de Abreu. Eleito presidente da Assembléia o Deputado Epaminondas Castelo Branco. Os representantes populares deram posse, à tarde, ao governador eleito pela União Democrática Nacional - José da Rocha Furtado.

Adotado na Assembléia O Regimento Interno da Assembléia do Ceará com os votos contrários da bancada da União Democrática Nacional.

Em 1947, foi criado o Diário do Poder Legislativo,d e curta duração.

Ainda em 1947, foi criado o diário do Poder Legislativo, de curta duração.

Ainda em 1947, desde o início dos trabalhos constituintes e da posse do governador Rocha Furtado, manifestou-se profunda e grave divergência entre os dois poderes - Legislativo e Executivo, aquele com maioria de deputados (Partido Social Democrático e Partido Trabalhista Brasileiro) e este apoiado pela UDN e pelo deputado do PSD, José Burlamaque Auto de Abreu. Foram intensas as paixões partidárias e violentas as manifestações verbais na Assembléia e os escritos violentos na imprensa. O governante assinou muitos atos de transferência de adversários, de município para município, o que mais irritou os chefes do Partido Social Democrático. Baldados os esforços de pacificação partidária.


A. Tito Filho, 25/11/1989, Jornal O Dia

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