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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

KARNAK

No modesto livrinho TERESINA MEU AMOR escrevemos que se pode usar a forma portuguesa Carnaque, embora a tradição continue a grafar Karnak, com a letra grega do início e do fim. E registramos mais: “Um dos ocupantes desse prédio, dos últimos anos da Monarquia ao primeiro decênio da República, foi o ilustre magistrado Gabriel Luís Ferreira, que ali manteve um educandário de grau médio, equiparado ao Pedro II, cujos alunos se destinavam às faculdades superiores e academias militares. O colégio funcionava em regime de internato, principalmente para rapazes do interior”.

Com data de 1º de janeiro de 1892, a imprensa, publicava a seguinte notícia com o título INSTITUTO DE KARNAK e o subtítulo EXTERNATO: "Tendo sido extinto o Instituto de Karnak, resolveram os professores do mesmo manter o externato ali existente, sob o mesmo programa e condições.

"A direção foi confiada a Dr. Gentil Pedreira, responsabilizando-se cada lente pela matéria que lecionar.

"As aulas funcionarão diariamente de 1º de fevereiro em diante, de acordo com o horário estabelecido, e na parte do prédio estabelecida ultimamente para este fim.

"Abaixo vai publicada a lista do professorado que aos pais de família oferece os seus serviços, garantido todo o interesse no aproveitamento dos alunos.

"Teresina, 1º de janeiro de 1892.

"Ensino primário - Anísio
Pedreira Veras. Língua Nacional - Antônio M. da Costa. Língua Latina - Dr. Gentil Pedreira. Língua Francesa - Artur Pedreira. Língua Inglesa - José Pereira Lopes. Língua alemã - Dr. Elias F. de S. Martins. Aritmética e Álgebra - José J. Morais Avelino. Geometria e Trigonometria - Arquelau de S. Mendes. Geografia - Dr. José C. de Melo. História Universal - Dr. Gabriel L. Ferreira" (fez-se adaptação ortográfica).

O Dr. Gabriel Luís Ferreira, governador do Piauí nos primeiros tempos republicanos - sustentamos no livro citado - vendeu o prédio ao casal capitão Mariano Gil Castelo Branco, que ali acabou de criar os filhos nos melhores padrões de nobreza e fidalguia. Para maior requinte de boas maneiras, os novos proprietários adquiriram um piano na Europa, e contrataram a exímia e grande pianista Ana Bugyja Britto para ministrar ensinamento à neta e filha adotiva Candi Castelo Branco".


A. Tito Filho, 20/01/1989, Jornal O Dia

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