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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ETERNIDADE DA BÍBLIA

Jesus nada escreveu nem elaborou um sistema doutrinário, mas fundou uma religião que é uma filosofia. Foi o criador dos maiores idéias da humanidade. Pregou um código moral permanente, baseado no afeto, no amor e na igualdade: uma doutrina para o coração.
A Bíblia talvez seja o livro mais lido na face da terra, com profunda influência na evolução espiritual do mundo.

Os livros sapienciais chamados Jó, Provérbios, Eclesiastes apresentam uma idéia central que em toda a Bíblia aparece a cada instante. A idéia de que a sabedoria é um dom de Deus, soprada por ele na criatura humana. A sabedoria é a rainha de todas as virtudes.

Como conciliar a idéia de Deus coma injustiça do mundo, como conciliar o sofrimento dos justos com a fé na providência divina. A solução bíblica está na frase de Eliú: os sofrimentos dos justos constituem a purificação e a passagem para a glória maior. O sofrimento assume, pois um caráter de purificação e provocação. Em outras palavras: o homem deve aceitar, com fé, a sabedoria divina, sem tentar penetrar nos mistérios da providência. O homem deve conformar-se à sabedoria, isto é, à lei de Deus.

Na Bíblia, a sabedoria é uma virtude. É o temor de Deus a virtude que torna os homens sábios. Ser sábio é ser justo, é fazer bem ao próximo. não há sabedoria onde existe impiedade.

Para a Bíblia as cousas são frágeis. Vaidade das vaidades, tudo vaidade. Nada de novo sob o sol. Tudo é passageiro na vida: os prazeres, a riqueza, a beleza, a glória, pois tudo à vaidade e aflição espiritual.

Eterna sabedoria divina do amor.

Deus dá sabedoria aos homens, mas ninguém pode compreender os desígnios do alto.

A Bíblia é livro eterno como a sabedoria divina. Cada um de nós encontrará nas suas páginas a lição do amor e da virtude e mais do que tudo a fragilidade das cousas terrenas.


A. Tito Filho, 29/06/1989, Jornal O Dia

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