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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

COLABORAÇÃO

Clóvis Couto Castelo Branco nasceu no Piauí, membro de família séria e respeitável em que figura a inesquecível personalidade de Cristino Castelo Branco. Escreve comentários objetivos e concebidos com invulgar clareza sobre problemas nacionais, como o que hoje publico neste canto de página e que foi remetido pelo autor do rio de Janeiro, com o título BANCO DO BRASIL:

"A propósito de carta publicada na imprensa do Rio de Janeiro de autoria de um cidadão que pretendera prestar esclarecimento sobre assunto não inteiramente do seu conhecimento, fui compelido a dizer-lhe que os seus esclarecimentos nada esclarecem.

Servem, ao revés, para demonstrar seu desconhecimento do que realmente significa para a Nação os relevantes serviços que lhe presta o altaneiro Banco do Brasil. sua missão, aqui e no exterior, pela importância que encerram as suas diversificadas atribuições, resulta no desenvolvimento nacional.

Não se deve pensar que o Banco do Brasil consiste apenas na sala onde há balcão e caixas para atender o público.

Canalizar todo o lucro para o tesouro nacional? Disparate inominável. Os acionistas também têm direito a participar da renda, e o Tesouro Nacional beneficia-se duplamente obtendo cifras exuberantes: com o Imposto de Renda e como acionista majoritário. O BB é o terceiro maior contribuinte da Receita Federal e o Governo ainda lhe deve, só em operações rurais,a  quantia de US$ 2,5 milhões.

Seus serventuários, após trinta anos de serviço e cerca de oito promoções por merecimento, aposentam-se, deixando a Casa como se saíssem de uma faculdade. E tanto isso é verdade que é ao seu quadro que as empresas privadas, quando precisam, vão buscar colaboradores idôneos, competentes e de alto nível moral. O próprio governo não prescinde desses auxiliares de elite.

A campanha que se move contra o Banco do Brasil e seus funcionários, com falsa visão de salários astronômicos, já atingiu ministros, que os mencionam em seus pronunciamentos. Como se vê, o BB é o bode expiratório responsável por tudo que se publica sobre salários".


A. Tito Filho, 19/07/1989, Jornal O Dia

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