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segunda-feira, 4 de julho de 2011

VELHOS CARNAVAIS

1935. Festejos de grande animação. Fantasias suntuosas no Clube dos Diários e nos Fanfarrões. Três monumentais bailes no Botafogo, em que se destacavam Antônio Sales.

Multidão na praça Rio Branco, onde se brincava de confete, lança-perfume e talco. Também na praça João Luís Ferreira houve batalhas entre blocos, animadas pelo jazz do 25º Batalhão de Caçadores.

O zé-pereira desfilou pela avenida Frei Serafim, a partir das 15 horas.

Do corso participaram carros de publicidade das cervejas Cascatinha e Brahma, com orquestras. O veículo da segunda foi ornamentado por Ercínio Fortes.

O bloco Fuzarqueiro do Amor especializou-se nos "assaltos" a residência, cujos donos cediam os salões para os folguedos e ofereciam bebidas. Uma das "assaltadas": palacete de Simplício Mendes.

Moura Rego compôs músicas carnavalescas.

Samba muito cantado em 1935 foi "Cadê a Fantasia".

Grande número de blocos participou dos festejos. Para julgá-los foi designada comissão da qual, entre outros, participaram: Joel Oliveira, Tote Carvalho, Ressu Carvalho, Climério Bento Gonçalves, jornalista Valdir Fortes, Oto Tito, Júlio Vieira Lemos.

A comissão distinguiu os blocos pela seguinte forma: a veículo, pedestres e de baile. Dos primeiros, os mais aplaudidos foram: Cascatinha, Brahma e dos Prontos; dos segundos, os Guarás, Amantes da Lua, dos Democratas, sem Rival, da Lua, Vencedor e Escravos do Amor; dos terceiros, Arco-íris, Casados, Farristas, Damas de 1830, Grau 10, Maria Antonieta, Misteriosas e Primavera.

Houve até o Bloco da Caninha Verde.


A. Tito Filho, 02/02/1989, Jornal O Dia

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