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segunda-feira, 11 de julho de 2011

JORGE VELHO

Um documento transcrito por Pereira da Costa afirma que Domingos Jorge Velho e seus soldados haviam erigido para morada e habitação e rio Potingh, que quer dizer rio oi água dos camarões, e o rio Parnaíba, e neles tinham feito suas povoações, com suas criações e lavouras.

E mais: que eles desceram para a guerra dos Palmares, largando terras, provocações, criações e lavouras.

Barbosa Lima Sobrinho contraria o documento para dizer: "Todavia, a documentação da época vem, uniformemente, afirmar, que, em 1687, Domingos Jorge Velho e sua gente foram de são Paulo para os Palmares". E passa a citar documentos:

a) patente de governador de um terço de infantaria passada a favor de Domingos Jorge Velho, que vai à conquista dos bárbaros do Rio Grande. Documento de 1688, imediato aos fatos arguidos.

b) o governo geral destacava que, para a Velho se abalou da Vila de são Paulo.

c) Domingos Jorge Velho encontrava-se pelejando nos Palmares em meados de 1692. A fase final da luta foi em 1696.

Pondera Barbosa Lima Sobrinho:

"Domingos Jorge Velho não se afastou mais das habitações que levantara para maior segurança de sua missão guerreira.

Estabeleceu-se com arraial na região em que existe, atualmente, a cidade de Atalaia, à margem esquerda do rio Parnaíba, no Estado de Alagoas.

Há notícias de que vivia ainda em 1702. Sua morte deve ter ocorrido entre esse ano e o de 1704".

Barbosa Lima Sobrinho anota depoimento segundo os quais Domingos Jorge Velho partiu de são Paulo para os Palmares, e não do Piauí:

1) trecho de carta de Matias da Cunha, governador-geral do Brasil, de 13/10/1688;

2) carta do governador-geral dom Manuel da Ressurreição;

3) patente em que Antônio Cubas, irmão e auxiliar de Domingos Jorge Velho, foi provido no posto de coronel do terço paulista [“Porquanto o coronel Antônio Cubas me enviou a representar que viera da vila de São Paulo, pelo sertão, com o governador Jorge Velho à conquista dos Palmares...”];

4) carta do governador-geral Câmara Coutinho e outros.


A. Tito Filho, 02/04/1989, Jornal O Dia

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