1914. Carnaval de muita animação. Domingo, a praça Rio Branco Imensa massa popular apreciou os folguedos. Tocava-se o maxixe. Muitas senhoritas davam aspecto encantador ao principal logradouro da cidade. Muitas moças fantasiadas, destacando-se: Dedita e Déia Rosa, Alice Couto, Maria do Carmo Sá e Maria de Lourdes Martins (vestido de seda branca, bolero de cetim verde-cana e capacete de veludo), Candoca Castelo Branco (do grupo das ciganas: seda amarela, encarnada e preta), Amália Pinheiro (azul e branco e capacete), Alody Castro (cigana do Egito), Dedé Lebre (astronomia moderna), Adelaide Mendes, Clarice Oliveira, Diva e Dulce Pinheiro.
No baile de domingo, houve destacadas fantasias masculinas: Nogueira Tapety, Freire de Andrade, Corinto Andrade e Suetônio Ribeiro, de fraques pretos, coletes de veludo rubro, gravatas e lenços da mesma cor e chapéus a Napoleão; Abdias Neves (calça e paletó preto, colete de seda vermelha); Neca Veloso, de calça e paletó branco e colete rubro.
Não houve carnaval na segunda-feira.
Empolgante a 3ª feira. Das 17 às 19 horas, batalha de lança-perfume na praça Rio Branco. Grande baile na Campina Modesta, do coronel Antônio Campos. Entusiasmo e delírio. Algumas presenças: senhoras Adelaide Rosa (primoroso vestido de brocado branco), Mundinha Rosa, Genu Pinheiro, Ressu Carvalho, Carmem Cavalcante; senhores Miguel Rosa, João Rosa, Luís Correia, Fenelon Castelo Branco, Abdias Neves, Celestino Filho, Nogueira Tapety, Freire de Andrade, Mário Batista, Raimundo Campos, João Pinheiro, Casusa Avelino, Lindolfo Monteiro, Francisco Parentes, Tote Carvalho, Ney Ferraz, Heli Fortes Castelo Branco, Aarão Parentes, Marcelino Freitas.
A. Tito Filho, 01/02/1989, Jornal O Dia
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