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quarta-feira, 20 de julho de 2011

TAUMATURGO

Quando meu pai, José de Arimathéa Tito, no distante 1922, para integrar o quadro da Academia Piauiense de Letras, escolheu como patrono da sua cadeira 29, GREGÓRIO TAUMATURGO DE AZEVEDO, nascido, como ele, na terrinha de Barras no Piauí. Esse cidadão ilustre veio ao mundo em 1853 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1921. Foi doutor em matemáticas e ciências físicas, engenheiro militar e bacharel pela Faculdade de direito do Recife.

Comendador da Ordem da Rosa e de Cristo, cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, dos Institutos históricos de Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Ceará, Bahia, Paraíba e Piauí.

Da Associação da Imprensa de Santiago do Chile, da Associação dos Advogados de Lisboa, do Ateneu de Guatemala, da Sociedade Acadêmica de História Internacional de Paris, da Sociedade Nacional da Cruz Vermelha cubana.

Governador do Piauí e do Amazonas, fundador e presidente da Cruz Vermelha Brasileira, fundador da cidade de Cruzeiro do Sul (Acre), comandante da Região Militar da Bahia e da Brigada Policial do Rio de Janeiro.

Medalha de Ouro do Brasil e da Venezuela.

Entre outros trabalhos publicou:

- "Representação ao Poder Legislativo contra o ex-ministro da guerra, Joaquim Delfino da Cruz" (1888)

- "Discurso na ocasião da pedra fundamental do novo prédio da Faculdade do Recife" (1889)

- "Mensagem ao comércio amazonense" (1891)

Em Gregório havia o homem de muito saber, virtuoso e probo, que não desertou, em circunstância alguma, o cumprimento do dever.

Taumaturgo de Azevedo padeceu muitas injustiças da política, tanto no governo do Piauí como do Amazonas, mas esteve sempre de cabeça erguida. No primeiro centenário do seu nascimento, em 1953, lhe foram atribuidas, em Teresina, merecidas homenagnes.


A. Tito Filho, 05/10/1989, Jornal O Dia

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